Balanço do Mundial III
Hugo Viana (10) - Ganhou a camisola 10 nem sabe como mas isso não lhe garantiu lugar de destaque. Entrou em dois jogos mas não chegou a fazer uma hora de jogo no total. Há pouco a dizer do pouco que mostrou. Talvez merecesse mais oportunidades para mostrar o que vale. Talvez devesse ter sido testado no lugar do Deco a ver o que é que dava. Gostava de o ter visto a jogar mais, até para saber se ele vale ou não o que alguns dizem que vale, mas não foi possível. Fica para a próxima.
Simão (11) - Esteve presente em todos os jogos do Mundial (nem sempre a titular, é certo). Gostei de o ver a entrar em jogo, mostrando garra e determinação, uma autêntica arma secreta no banco do Scolari pronta a tentar fazer a diferença. Foi tipo o "canivete suiço" da Selecção do meio-campo para a frente, fazendo a direita, a esquerda, o centro e até o lugar de avançado. Infelizmente os defesas que apanhou pela frente eram muito bons e tinha quase o dobro do tamanho dele. Não há dúvida que é um grande jogador e parece ser o melhor substituto do Figo a curto prazo, embora ainda lhe falte a capacidade de liderança. Fez um bom Mundial e ainda teve tempo para fazer o gosto ao pé uma vez mas vai ser só no próximo e no Europeu de 2008 que será figura de proa e poderá mostrar o seu melhor futebol. Aguardaremos até lá.
Quim (12) - Não há nada a dizer, pois não saiu do banco uma única vez. Talvez devesse ter entrado uns minutos num jogo da primeira fase como prémio pelo apoio fora de campo mas o Scolari assim não decidiu. Arrisca-se a tornar-se um eterno suplento na sombra do Ricardo até porque têm quase a mesma idade.
Miguel (13) - Outro dos heróis portugueses deste Mundial. Mandou o Paulo Ferreira para o banco e mostrou em campo bastantes argumentos para continuar a ser titular. Defende bem, ataca melhor, o melhor que se pode pedir num lateral (e pensar que foi o Jupp Heynkes o primeiro visionário que o tirou do lugar de extremo direito para desenrascar a defesa...). Deu tudo o que podia em campo e só uma infeliz lesão o impediu de fazer o pleno no Mundial. Prevê-se uma rivalidade saudável entre ele e o Paulo Ferreira mas, seja qual for a escolha, temos a garantia de que a defesa está bem entregue.
Nuno Valente (14) - Algo "pesado" para o lugar que ocupa mas merece os parabéns pelo esforço em se mostrar mais móvel e atacante. Foi sempre primeira escolha (na falta de melhor) mas, entre os habituais titulares, pareceu ser o que estava menos tranquilo em campo. Não se pode apontar-lhe o dedo por nada - o Nuno Valente cumpriu e era isso que se esperava dele.
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