Dos crónicos da treta armados em espertalhões num país que julgam ser de idiotas
Rui Pedro Baptista, jornalista (dizem que sim), gestor, ex-pivot da TVI (o que lhe dá muita credibilidade) e cronista nas horas vagas. Rui Pedro Baptista tem uma coluna de opinião ou crónica no jornal à borla Metro às Segundas-feiras. Esta Segunda-feira abro o Metro e até perco tempo para ler o que ele escreveu (podem ler aqui o pdf e conferir tudo na página 6).
E então ele começa assim: «No momento em que este artigo acabou de ser escrito, faltavam exactamente 48 horas para começar o jogo entre as selecções portuguesa e inglesa.» (ou seja, o artigo de opinião foi, então, terminado às 16h de Quinta-feira, dia 29 de Junho) «E por isso mesmo, o que aqui fica impresso, preto no branco é válido, independentemente do resultado do jogo.» (OK, ele quer-nos dizer, que, à data que isto foi escrito, desconhecia totalmente o resultado do jogo porque era simplesmente impossível sabê-lo e o que ele escreveu assim deve ser interpretado).
Mais à frente, depois de traçar enormes elogios à bravura dos nossos jogadores no jogo com a Holanda, ele acrescenta, como se não tivessemos percebido à primeira: «Mesmo que Portugal tenha perdido o jogo com a Inglaterra (e Deus queira que tal não se tenha verificado).» - mais uma vez apregoa que não fazia ideia do resultado do jogo que só iria ter início 48 horas depois (é lógico, é chato por estar a bater outra vez na mesma tecla mas é lógico).
Marcada a sua posição, de seguida muda radicalmente de assunto com duas notas: «A primeira sobre a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros. Freitas do Amaral abandonou o Executivo. Deixou claro que por razões de saúde.» Mas calma aí! A notícia da demissão do Freitas só surgiu no dia 30! Mas se ele está a escrever às 16 horas do dia 29 como é que pode saber que isto vai acontecer no dia seguinte? No mínimo estranho, não é?
Mas, continuando, «A segunda nota para o pedido do PCP que pediu maior envolvimento do Governo para assegurar o cumprimento das contrapartidas assumidas pelas empresas estrangeiras.» OK, esta é mais difícil, mas eu fui pesquisar e sabem quando é que surgiu esta notícia? No dia 30 de Junho outra vez! Aliás, se o Rui Pedro Baptista tivesse lido com atenção a notícia do dia supostamente seguinte, até teria, porventura, acrescentado que esta reacção do PCP centra-se nas compras de equipamento militar e não teria escrito umas vagas duas frases. Mas ele não podia saber isso, pois não? Simplesmente ainda não tinha acontecido no dia 29 às 16 horas.
Ora, das duas, uma: ou Rui Pedro Baptista é especialista em lançar búzios e ler borras de cafés de forma a prever o futuro e antecipar-se aos verdadeiros jornalistas, ou Rui Pedro Baptista é um reles mentiroso que não se importa de inventar uma situação fictícia em que, depois de elogiar a Selecção nacional, faz um brilharete perante os leitores ao, inocentemente e sem intenção, fazer um rasgado elogio à garra da equipa no jogo com Inglaterra, de igual forma à demonstrado no jogo com a Holanda!
Rui Pedro Baptista, profissional muito baixo, crónico da treta e zero à esquerda em Matemática: Nem os portugueses são tão estúpidos como tu pensas e nem tu és tão esperto quanto julgas ser!
Uma dica: se querias fazer um brilharete bastava-te pôr 24 horas. É verdade que não te faz parecer assim bom e inteligente como pensas que és, mas escusavas de passar má figura e seres apanhado (pelo menos por mim) a fazer um autêntico insulto à inteligência nacional. Palhaço!
3 comentários:
Insultos à inteligência nacional é o que não falta por aí!
Atentando ao jornal em causa, é aquilo a que se pode chamar "estupidez... a Metro"!
A kilómetros mesmo!
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