Poesia bocagiana XXIII

O

Soneto da amada gabada

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Se tu visses, Josino, a minha amada

Havias de louvar o meu bom gosto;

Pois seu nevado, rubicundo rosto

Às mais formosas não inveja nada:

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Na sua boca Vênus faz morada:

Nos olhos tem Cupido as setas posto;

Nas mamas faz Lascívia o seu encosto,

Nela, enfim, tudo encanta, tudo agrada:

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Se a Ásia visse coisa tão bonita

Talvez lhe levantasse algum pagode

A gente, que na foda se exercita!

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Beleza mais completa haver não pode:

Pois mesmo o cono seu, quando palpita,

Parece estar dizendo: "Fode, fode!"