Poesia bocagiana XXVIII
O
Soneto da puta assombrosa
.
Pela rua da Rosa eu caminhava
Eram sete da noite, e a porra tesa;
Eis puta, que indicava assaz pobreza,
Co'um lencinho à janela me acenava:
.
Quais conselhos? A porra fumegava;
"Hei de seguir a lei da natureza!"
Assim dizia e efeituou-se a empresa;
Prepúcio para trás a porta entrava:
.
Sem que saúde a moça prazenteira
Se arrima com furor não visto à crica,
E a bela a mole-mole o cu peneira:
.
Ninguém me gabe o rebolar d'Anica;
Esta puta em foder excede à Freira,
Excede o pensamento, assombra a pica!
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