Memórias de uma prospecção (XIII)

No caminho de regresso das nossas aventuras arqueológico-carnavalescas em Trás-os-Montes, tivemos a oportunidade de passar por Idanha-a-Velha, a antiga Civitas Igaeditanorum romana. Sim senhor, aquilo até está bem arranjadinho e bem tratado (embora pudesse estar melhor) mas o mais interessante desta visita foi a descoberta deste placard informativo para os turistas.

Na verdade, o interessante é o que lá está escrito em baixo, como podem ver aqui em pormenor:

"Beivimdos a Idanha-a-Pumba a terra do Conan o Homem Rã"

Desculpando a parte do "Beivimdos", que até já vem sendo normal, fiquei preplexo com esta mensagem por dois motivos: o primeiro é o facto de, além do nome esquisito lá de cima que os romanos chamavam a Idanha-a-Velha, o sítio pelos vistos também é conhecido como Idanha-a-Pumba, o que sinceramente fica-lhe muito melhor (qualquer coisa que faça lembrar o "pimba-pimba-tumba-tumba-catrapumba" fica bem em qualquer lugar). O segundo motivo, e aquele que me deixou totalmente de boca aberta, é que afinal estive orgulhosamente na mesma terra que viu nascer o grande Conan, o Homem-rã, imortalizado na música homónima dos Ena Pá 2000.

O Conan, o Homem-rã, esse herói nacional digno de ser imortalizado no panteão junto da Amália e do Eusébio... à espera... esses estão no Oceanário... hmm... esqueçam. Dizia eu que o grande Conan terá nascido em Idanha-a-Velha (ou Idanha-a-Pumba). Ora isso seria tudo muito simples se na música dos Ena Pá ele não viesse referido como "herói da Trafaria". E é isso que me surpreende acima de tudo: o Conan é, no fundo, um migrante que abandonou o interior para tentar a vida na zona da Grande Lisboa.

Mas que belo estudo toponímico, han! Sim senhor, isto é que são descobertas. 'Tá giro, 'tá... Ou então é tudo apenas uma porra de uma falta de inspiração para escrever posts originais hoje... Daí que eu pegue numa foto caricata com alguns meses e comece a escrever baboseiras a ver se alguma tem piada... Será a isto que se chama "bloqueio de blogger"??