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quinta-feira, maio 10, 2007

Mudam-se os tempos...

É impressão minha ou o Festival da Canção, anteriormente uma prestigiante feira das vaidades, é desde os últimos anos cada vez mais uma enfadonha e desprezível feira dos horrores.
Éniuéi, hú queres...

terça-feira, abril 24, 2007

...

Ai a minha vida...

segunda-feira, abril 09, 2007

Ó p'ra mim a regozijar de alegria!!

O ministro do Ensino Superior considerou hoje que o percurso académico do primeiro-ministro «é um caso de certa maneira exemplar» que «devia encher de regozijo» o país

1- Regozijo porque ele foi esperto e meteu-se no obscuro ensino privado, o que lhe abriu uma auto-estrada de oportunidades sem ter que se esforçar minimamente.

2- Também regozijo porque, apesar de ter sido parvo e ter dado duro durante anos a fio no ensino público e até ter conseguido uma licenciatura daquelas à séria (coisa que tu não tens, Socas), ainda vou bem a tempo de fazer um desses curso da treta na Independe com uma perna às costas para finalmente subir na vida, saindo da cepa torta em que me encontro, ou se preferirem, da dita merda.

3- Regozijo porque, apesar de ser um Zé Ninguém licenciado com um percurso académico de toda a maneira exemplar, sou um Zé ninguém com mais qualificações que o Zé que nos governa, esse que tem um percurso académico "de certa forma exemplar". Não obstante não ganhar nada com isso, muito pelo contrário.

4- Regozijo porque através das aldrabices que ele fez conseguiu hoje estar onde está, e isso sim, é um exemplo para todos nós que duvidamos se o crime realmente compensa. Em Portugal obviamente que sim.

5- Também regojizo porque, se este engenheiro da treta conseguiu ir tão longe assim, eu que segui sempre by-the-book posso ir até, vamos lá, no mínimo, Presidente da República. Ou presidente do condomínio...

.

Realmente nem posso crer em mim próprio com tanta regojização. Estou a regojizar por todos os poros, uma coisa maluca! Regozijemos todos ao nosso PM! Ámen.

segunda-feira, abril 02, 2007

Portugueses por conveniência

Votaram no referendo 6561 emigrantes residentes nas áreas consulares de Orléans, Versalhes, Tours, Nogent e Paris, o dobro dos votantes nas eleições presidenciais de 2006. Nas eleições presidenciais de 2006, votaram 3361 portugueses residentes nessas cinco áreas consulares.

Pois, quando vos toca qualquer coisa já passam a ser portugueses e cidadãos participativos. É nessas alturas e quando joga o Benfica.

Acho muito bem que se feche os consulados excessivos pois são os impostos de quem está em Portugal que pagam os serviços consulares para quem só se lembra que é português quando surgem situações como esta.

Vão-se lixar mais os vossos protestos porque só quem cá está é que está a pagar a crise e em alturas de crise não há vacas gordas. E não venham agora com a história da importância das remessas dos emigrantes porque isso também tem muito que se lhe diga...

sábado, março 03, 2007

Não me lixem, 'pá!

Aquilo é que era o grandioso eclipse total da Lua?!
Uma laranja a flutuar no céu nocturno?!

Epá, que desilusão!

sexta-feira, março 02, 2007

The O. C. - Na Terra dos Ricos

Esta noite os telejornais das três estações nacionais abriram em simultâneo com a mesma notícia: o falhanço da OPA da Sonae sobre a PT, esse tão publicitado e megalómano negócio que nunca chegou a sê-lo, de e por obra e graça dos barões que mandam nesta treta onde vivemos e pagamos impostos.
Com esta exagerada cobertura televisiva e consequentes comentários de certas e determinadas pessoas que dizem que sabem do que dizem, foi relegado para segundo plano o país real, uma coisinha sem importância que por acaso também aconteceu hoje, apenas cerca de 100000 pessoas a protestar em Lisboa contra as políticas do Governo, coisa pouca portanto e insignificante.
O destaque que se dá neste país aos barões que brincam alegremente ao monopólio entre si e o desprezo pelo país real em que vivemos é só mais um exemplo de que algo vai mesmo muito mal neste país. E nós o que fazemos? Calamos, comemos, e siga para bingo, ou não estivessemos em Portugal.
Ah, pois!

domingo, fevereiro 11, 2007

O pós-guerra (perdão, pós-referendo): conclusões e reflexões

1.- Tal como esperado, independentemente dos resultados, a abstenção transformou este referendo em mais uma enorme perda de tempo (e recursos). Perante isto só me ocorre dizer que "cada um tem o que merece", ou seja, Portugal e os portugueses tiveram o que mereciam, pois a política neste país é uma anedota e a responsabilidade cívica da maioria dos eleitores é simplesmente vergonhosa.
2.- Em 1998 não venceu o "Não", da mesma maneira que agora não venceu o "Sim". A forte abstenção tornou a votação de hoje não vinculativa. Após as 20h todas as televisões mostravam as várias sedes de campanha, do "Sim" e do "Não", em espalhafatosa euforia entre gritos de "Vitória, vitória" e garrafas de champagne. Abram bem os olhos: ninguém ganhou - todos perderam!
3.- Vale a pena insistir em referendos num país em que a maioria dos seus cidadãos eleitores estão-se literalmente borrifando para a participação cívica? Penso que, claramente, não, pelo menos da maneira como o referendo tem sido feito. Ou se acaba com esta palhaçada nacional que é o referendo ou se altera a sua estrutura, tornando-o vinculativo mesmo sem 50% de participação (e aí deverá ser chamado apenas de consulta popular) ou, de uma vez por todas se mete alguma ordem neste país e toma-se uma medida mais radical, como obrigar os eleitores a participar em todas as votações a que são chamados.
4.- Este referendo era totalmente escusado. Custou ao Estado cerca de 10 milhões de euros, causou discórdias, trocas de acusações e alguns momentos vergonhosos. E tudo isto para quê? Para literalmente nada! O país e a lei estão e continuarão na mesma até que haja coragem política para fazer o que tem de ser feito. A partir de agora é bom que os meninos políticos se passem a comportar como homenzinhos já crescidos e resolvam estas questões directamente na Assembleia da República ou, se isso der muito trabalho, podem-se inspirar no genérico da SIC aquando das projecções e lançar a moeda ao ar e está arrumado de vez o assunto.
Siga agora outro carnaval que, esse sim, é o original e mais interessante que este a que assistimos.

Por agora já está, vamos ver o que se segue...

Eram cerca das 9h40m e estava uma chuvinha irritante quando fui exercer o meu direito de voto, livre e não influenciável ou imposto. Acabei por não votar em branco como gostaria de ter feito, preferindo antes optar pela minha escolha como "voto útil".
As mesas de voto estavam praticamente às moscas, coisa natural àquelas horas. Estou confiante, contudo, que haja maior adesão neste referendo em relação ao anterior, apesar de saber que o único vencedor será, com toda a certeza, a abstenção.
É pena se assim for mas, e repito, se assim for, é bom que se reflicta bem nesta palhaçada nacional que é a realização de referendos da maneira como são feitos neste país.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Ah, o referendo!

Este Domingo é dia de referendo ao aborto, o que quer dizer que amanhã será supostamente o "dia de reflexão" e hoje é, então, o último dia em que se falará abertamente do tema. Isto contando que, ganhe quem ganhar, ambos os lados se respeitarão democraticamente (o que não tem acontecido até aqui) e finalmente teremos sossego depois de quase três meses de acusações e manipulações de parte a parte, seja na comunicação social, nas ruas e, pasmem-se (ou não), até e sobretudo na blogosfera.
As raras vezes em que trouxe a questão do referendo aqui ao blog foram apenas para ridicularizar e expôr o absurdo de certos promotores de campanhas. Nunca utilizei o blog para expor ou promover a minha escolha e também não será hoje que o farei.
Isto leva-me à primeira questão que queria aqui tratar: as inacreditáveis campanhas que foram feitas para este referendo. Desde santas a chorar, a argumentos falaciosos, mentiras descaradas e meias verdades, tivemos a oportunidade de assistir a tudo, de ambos os lados. O que deveria ser uma campanha eleitoral livre e democrática começou a transformar-se num autêntico campo de batalha onde faltou sobretudo o respeito e consideração em relação a quem pensa de maneira diferente, esquecendo-se que, se temos ainda uma coisa que é só nossa e é verdadeiramente livre, essa coisa é o nosso pensamento e pensar livre e diferentemente (ainda) não é crime (apesar de, cada vez mais, o mundo que George Orwell esboçou em Nineteen Eighty-four começa a tentar manifestar-se...). E o respeito pela liberdade de pensamento começa a ser afectado logo a partir do momento em que se formam partidos e partidários que levam a cabo campanhas que recorrem a tudo (insultos e mentiras, sobretudo) para conseguir a adesão do outro, pois em democracia é a maioria que tem e dá o poder. Cada indivíduo é livre e dono da sua própria decisão e não deve ser, de maneira nenhuma, influenciado por outros, ainda mais quando ambos os lados desta disputa afirmam que o que está em causa é uma coisa tão grave e pessoal como a interrupção voluntária de uma gravidez. Pois se é uma decisão assim tão grave e pessoal, deixem que cada um reflicta e tome a sua decisão livremente e não arrastem convosco pessoas que certamente estarão mal esclarecidas e que ouvem apenas a versão de cada um dos lados e não o problema no seu todo. E com isto tudo chegamos a uma triste e irónica reflexão: existirá movimento mais anti-democrático que a partidarização?
Outra questão que eu queria aqui tratar já foi sugerida no último parágrafo. Trata-se da informação e esclarecimento dos indecisos, ou, mais propriamente, a falta dessa informação e desse esclarecimento. Porque, meus amigos, informação não é expor os casos da mulher A que abortou e agora é mais feliz/infeliz ou da mulher B que não abortou e agora é mais feliz/infeliz, não é dissertar interminavelmente sobre a metafísica do ser vivo dentro do ventre materno nem é discutir a ira divina que recai sobre quem faz isto ou aquilo. Informar e esclarecer é pôr literalmente em pratos limpos, sem partidarização nem demagogias, o que está realmente em jogo neste referendo. Trata-se, sem rodeios nem artifícios, de uma proposta de alteração a uma lei do actual código penal. O problema, e é aí que começa a confusão e consequente desinformação, é na pergunta que foi colocada para votação. A pergunta não é, como muita gente pensa, "Concorda com o aborto? Sim ou não?"; infelizmente a pergunta não é assim tão simples (se assim fosse, penso que, tirando quem lucra com o aborto, a totalidade da população responderia "não") e tem que ser lida com muita atenção. A pergunta é, na verdade, a seguinte: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” Já não é assim tão simples, pois não? Lendo com mais atenção, verificamos que são aqui feitas quatro perguntas, a saber:
1 - Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez?
2 - Concorda que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez deve ser feita unicamente por opção da mulher?
3 - Concorda que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez seja feita até ao prazo das primeiras dez semanas de gestação?
4 - Concorda que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez seja feita em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Se para a primeira e última questão cada pessoa não deverá ter muitas dúvidas, já para as outras duas a situação complica-se. Agora, a estas quatro questões, relacionadas sim, mas distintas, é pedido ao eleitor que responda apenas com uma de duas opções: "sim" ou "não", independentemente do eleitor concordar ou discordar de um, dois ou três dos quatro pontos (na verdade, decomposta a questão, acho díficil encontrar alguém que diga "sim" ou "não" a todas). O descrédito que têm recebido aqueles que acusam a pergunta de ser enganadora é apenas mais um exemplo da desinformação que tem sido levada a cabo pelas várias campanhas. A isto acresce o facto de muita gente ainda ignorar a composição da lei actualmente em vigor e quais as excepções nela previstas. E quantas vezes assistimos nós a comunicações que visam esclarecer estas entrelinhas, que mais não são as partes que somadas resultam no todo? Muito poucas vezes, diga-se sinceramente e, com frequência, embora começando por parecer imparciais, acabam por se revelar tendenciosas.
O terceiro ponto que eu queria aqui salientar era o papel do governo de José Sócrates que, não só mentiu como é cobarde. José Sócrates fez da revisão da lei do aborto uma bandeira de campanha para chegar ao governo e, lá chegando e com maioria absoluta na Assembleia da República, não aprovou de imediato a lei como prometera, lavando as mãos ao empurrar a decisão para um referendo, pois o medo do veto do inquilino de Belém era grande demais e já à bem pouco tempo vimos um governo a ser demitido por um Presidente da República. Apenas mais uma mentira no meio disto ou, na verdade, a mentira que tudo começou. O mínimo que este governo poderia fazer era comprometer-se a realizar um novo referendo dentro de mais nove anos para que isto acabe de vez à melhor de três, tal é a brincadeira que parece ser a realização de um referendo neste país.
Para terminar, irei por fim emitir a minha opinião pessoal em relação ao referendo, sem nunca revelar ou propagandear qualquer tipo de partidarização. Gostaria, muito sinceramente, que a vitória deste referendo não fosse nem para o "sim" nem para o "não": no dia 11, a vitória deveria ir para a terceira via, o voto em branco. Não um voto em branco que revela indecisão e rejeição de responsabolidades, muito pelo contrário; este voto em branco representaria uma decidida manifestação de protesto, de insatisfação e descrédito no sistema político e nos eleitores que não sabem viver em democracia, pois as bases da liberdade cívica e do direito democrático estão podres neste país e o lixo mediático em que se transformou esta campanha é apenas a ponta visível do icebergue. Bem que eu gostaria de castigar o sistema político e alguns dos eleitores com um voto em branco, mas ao fazê-lo, receio desperdiçar assim o que poderá ser um "voto útil". Ainda estou neste momento na dúvida entre o branco e aquela que à muito tempo é, para mim, a escolha que considero o "mal menor" e só quando estiver na dentro da cabine de voto me decidirei definitivamente.
Sou contra a abstenção e, se aqui faço algum apelo é que vão todos votar no dia 11, seja em que quadrado for, com ou sem cruz, pois quem não reconhece o papel de estar em democracia, não merece dela fazer parte. Mas a democracia também não é um sistema político perfeito. Nunca o foi nem nunca o será, mas cabe a cada um de nós tentar melhorá-la um pouco participando dela. Como diria Winston Churchill nas suas sábias palavras, "a democracia é a pior forma de governo imaginável, à excepção de todas as outras que foram experimentadas".
A minha decisão é minha e a vossa é vossa, não desejo partilhá-la nem publicitá-la, não o façam também. Votem em consciência, por vós e não por outros.
E como está quase na meia-noite vou-me calar. Veremos depois o que haverá a dizer dia 12.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Para os que dizem que a Arqueologia não serve para nada...

Seria bom lerem esta ou esta notícia.
Apenas um exemplo das potencialidades desta ciência, haja interesse e vontade.

domingo, fevereiro 04, 2007

Epá, pôr os Moonspell a cantar o Noddy ainda vá que não vá...

... agora pôr o João Braga a cantar em inglês?!?!?!
Epá, Gatos, vocês estão a falhar à grande... E já agora fiquem a saber que dos vossos últimos programas fraquinhos, este foi o mais fraquinho de todos.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Porra, que já é a terceira vez que falo do referendo aqui no tasco!

Bem, depois disto só me resta fazer umas perguntinhas pertinentes aqui ao Sócas:
1.- Em 1998 o 'não' ganhou sem 50% de participação e foi considerado não vinculativo. O que mudou para 2007 além dos teus lindos olhos?
2.- Tens a certeza que isso que dizes que vais fazer não é anti-contitucional? (Epá, nunca tinha utilizado este argumento com ninguém... devo estar com tiques de JPP...)
3.- Sempre vais fazer um referendo de desempate em 2016 para clarificar a coisa à melhor de três?
4.- Vale mesmo a pena fazer referendos como este neste país só porque não os tens no sítio para aprovar a lei em Assembleia como um dia tinhas dito que fazias?
É por essas e por outras que estou cada vez mais tentado a ir votar (como cidadão participativo que me orgulho de ser), mas votar em branco (pela vergonha que tenho como português do lixo que se tem dito e feito nesta campanha que já começou à muito mais tempo). Isto além de não concordar com a(s) pergunta(s) deste referendo nem da maneira como está(estão) feita(s).
E eu a pensar que só viria a falar uma vez aqui do referendo, antes do "dia de reflexão", mas estes idiotas com incontinência verbal não me deixam...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Dos efeitos da globalização

Sou só eu ou a aquisição do Blogger pelo Google, em vez de criar facilidades aos utilizadores, só veio complicar mais as coisas (e lembremos que o Blogger já tinha muitos problemas sozinhos!)?
Um exemplo simples que me está a dar dores de cabeça é a não aceitação de certos caracteres em certas situações (como poderão observar aí na lista de links do lado direito).
Raios parta o imperialismo, pá!