Quatro anos de "demOILcracy" no Iraque

Faz hoje 4 anos que George W. Bush mandou os seus soldadinhos de chumbo para o Iraque. Desde então já morreu muita gente e muita mais morrerá ainda. E de certeza que, se perguntarem aos iraquianos (tirando os fantoches do governo e empresas americanas) eles dirão que antes preferiam viver sob o regime de Saddam do que na actual (e talvez eterna) instabilidade, com inocentes a morrer todos os dias vítimas de combates, atentados e abusos.

Os americanos foram para o Iraque à quatro anos para, alegadamente, encontrar provas de que Saddam estava a preparar um arsenal de armas de destruição maciça e distribuir democracia pelos pobres iraquianos reprimidos. As armas não existem e esse argumento foi rápida e intencionalmente esquecido. Quanto à democracia, lamento mas não consigo ver nenhum dos ideais da Revolução Francesa nos Estados Unidos, quanto mais no actual Iraque.

Muitos dos iniciais apoiantes da invasão ao Iraque começaram a perceber o fosso que se estava a escavar e retiraram a tempo. Só Bush é que ainda não percebeu o que se está a passar. Mas que sabe Bush? Ele é só um pau-mandado de maiores interesses.

Imperialismo, arrogância, petróleo e mentiras. Tudo isto combinado resultou na criação de um novo Vietname na terra onde nasceu a civilização (irónico, não?).

E isto tudo a propósito de um video que recebi recentemente. Um pequeno exemplo da arrogância e falta de respeito dos miúdos irresponsáveis armados (literalmente) em cowboys que foram mandados para o Iraque. Se isto é espalhar a democracia americana, então tenho a certeza de que enforcaram o homem errado:

E depois temos os americanos a perguntarem-se a si próprios porque é que o Mundo os odeia. É verdade que nem todos os americanos são assim, também há pessoas com olhos e cabeça para pensar naquele país. Mas, como se costuma dizer, por causa de um pagam todos. Por causa de Saddam pagam todos os iraquianos. Por causa de Bush pagam todos os americanos. É por estas e por outras que não tenho pena nenhuma de cada americano que morre no Iraque.