domingo, abril 22, 2007

Poesia bocagiana XXV

O
Soneto do caralho apatetado
.
Fiado no fervor da mocidade,
Que me acenava com tesões chibantes,
Consumia da vida os meus instantes
Fodendo como um bode, ou como um frade.
.
Quantas pediram, mas em vão, piedade
Encavadas por mim balbuciantes!
Ficando a gordos sessos alvejantes
Que hemorróides não fiz nesta cidade!
.
À força de brigar fiquei mamado;
Vista ao caralho meu, que de gaiteiro
Está sobre os colhões apatetado:
.
Oh Numen tutelar do mijadeiro!
Levar-te-ei, se tornar ao teso estado,
Por oferenda espetado um parrameiro.

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